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Nossa Senhora ajoelhada em Sândalo
Nossa Senhora ajoelhada em Sândalo
Nossa Senhora ajoelhada em Sândalo

Nossa Senhora ajoelhada em Sândalo

2 unidades em stock | SKU: EC-AR-NSRA-A-SD-MD

A escultura "Nossa Senhora Ajoelhada", em Sândalo (Spirostachys africana), é uma criação sublime do mestre escultor moçambicano Alfredo Rajabo, conhecido pela sua abordagem artística única e pela preocupação com a sustentabilidade ambiental. A obra retrata Nossa Senhora ajoelhada, de mãos postas a rezar, expressando um equilíbrio entre a simplicidade da forma e a complexidade emocional, típica das interpretações religiosas.

A madeira utilizada por Alfredo Rajabo é proveniente de sobras de madeira provenientes de serrações que, em Moçambique, laboram legalmente. Este cuidado na escolha da matéria-prima reflecte o compromisso do artista com a preservação ambiental, evitando a exploração excessiva de recursos naturais. Além disso, Rajabo promove práticas artesanais sustentáveis, sensibilizando para a importância da conservação das espécies florestais.

A escultura, que mede cerca de 15 cm e 13 cm nos tamanhos médio e pequeno, respectivamente, é uma obra de profunda espiritualidade e requinte artístico, simbolizando não apenas a beleza estética, mas também a conexão entre o divino e o terreno. Esta peça é um exemplo perfeito de como a arte pode unir tradição, inovação e consciência ecológica.

A "Nossa Senhora Ajoelhada" de Alfredo Rajabo não é apenas uma obra decorativa, mas um testemunho da rica herança cultural moçambicana e da responsabilidade ambiental que inspira a sua criação.

Esta obra, executada numa espécie vegetal incluída no Apêndice II da Convenção CITES, foi importada, e é comercializada pela Wizeni - Business Management, Lda nos termos da Licença CITES de Importação n.º 24PTLX0108I, emitida em 15-05-2024 pela Divisão de Aplicação de Normativos do ICNF - Instituto da Conservação da Natureza e Florestas, entidade que, em Portugal, actua enquanto Autoridade Administrativa no âmbito da Convenção CITES.

No âmbito da Convenção CITES, a Wizeni - Business Management, Lda, NIPC 517698501, encontra-se devidamente registada ao abrigo do disposto na Portaria 85/2018, de 27 de Março, tendo-lhe sido atribuído o número de registo 24PT0346M.

As matérias vegetais com que são produzidos alguns artigos, designqadamente as peças de madeira exótica, como Pau Preto (Dalbergia melanoxylon) e Sândalo (Spirostachys africana), e as peças em palha de Palmeira de Leque (Hyphaene coriacea) exigem cuidados especiais para preservar a sua beleza natural e durabilidade ao longo do tempo. Estas madeiras são densas e valiosas, sendo frequentemente utilizadas na criação de esculturas, estatuetas e outros objetos decorativos, que, com o devido cuidado, podem manter a sua beleza e qualidade por gerações.

Cuidados Gerais

Nunca lave ou molhe as peças de madeira ou palha. A exposição à água ou a ambientes húmidos pode causar deformações, manchas ou até rachadelas na madeira, e o apodrecimento da palha. É crucial manter as obras em locais secos e afastados de fontes de humidade, como cozinhas ou casas de banho.

Protejas as peças da exposição à Luz Solar Directa. A luz solar direta pode desbotar a madeira e comprometer o seu acabamento. Sempre que possível, exponha as peças em locais com luz indireta.

Nota: A madeira de Mafurreira (Trichylia emetica), bem como palha de Palmeira de Leque (Hyphaene coriacea) são muitíssimo mais frágeis do que as demais matérias vegetais, sendo muito importante notar que a água ou a humidade excessiva podem destruir irremediavelmente as peças executadas nestas matérias.

Manutenção Regular das madeiras

Anualmente, aplique uma camada fina de pomada de engraxar sapatos para proteger e reavivar a cor da madeira.

  • Pau Preto: Use graxa na cor preta.
  • Sândalo: Use graxa na cor castanha.
  • Mafurreira: Use graxa transparente.

Após a aplicação da graxa, deixe-a secar completamente.
Depois, escove suavemente com uma escova de sapatos de cerdas macias, para remover o excesso de graxa e dar algum lustro. 
Finalize passando vigorosamente um pano de flanela em toda a superfície da peça, para para dar lustro e obter um brilho elegante.

Nota importante: No caso de objectos em Mafurreira, deve sempre usar uma flanela e uma escova novas ou que nunca tenham sido utilizadas com graxas de cor escura.

Manutenção Regular da palha

Anualmente, e sempre no Verão, é conveniente aspirar os cestos de palha, procedendo-se à sua limpesa passando uma esponja levemente humedecida (bem espremida) por toda a superfície. Deixar secar à sombra durante 24 horas, aplicando depois, com um pano suave e em toda a superfície, óleo incolor de restauraçáo de móveis. O pano deve estar apenas levemente impregnado com o referido produto, deixando-se secar por mais 24 horas antes da reutilização.

Benefícios da Manutenção

Estes cuidados, se feitos com regularidade, ajudam a preservar a cor natural e o acabamento da madeira e da palha, mantendo as peças protegidas contra o desgaste causado pelo tempo e as condições ambientais. Além disso, realçam as características únicas das madeiras exóticas, como a textura e o grão.

Seguir estes passos simples, mas essenciais, garantirá que as peças de madeira exótica e a palha permaneçam não apenas como elementos decorativos, mas também como um património duradouro de valor artístico e cultural.

 

 

O Artista


Alfredo Começar Rajabo, que usa o nome artístico "Rajabo", é um mestre escultor moçambicano amplamente reconhecido pelo seu estilo único e pela preocupação ambiental que permeia o seu trabalho. Natural de uma pequena aldeia da província de Inhambane, Rajabo cresceu num ambiente em que a madeira era não apenas uma matéria-prima essencial, mas também um símbolo de conexão espiritual e cultural com a terra. Desde cedo, mostrou uma aptidão natural para a arte, transformando pedaços de madeira descartada em obras que despertavam admiração entre os membros da sua comunidade.

O trabalho de Rajabo destaca-se pela utilização de Pau Preto (Dalbergia melanoxylon), uma madeira exótica e valorizada pela sua durabilidade e beleza. No entanto, o que realmente distingue a sua técnica é a forma como utiliza a transição natural entre o borne (a camada externa, de tom amarelado) e o cerne (o núcleo escuro). Essa abordagem confere às suas obras um contraste natural, realçando as formas esculpidas e dando uma dimensão visual rica às suas peças. Uma das suas obras mais emblemáticas, a escultura "Nossa Senhora c/ Menino", exemplifica essa técnica com perfeição, onde o cerne escuro dá vida à figura central, que se destaca do borne claro como um fundo luminoso.

Rajabo esdtá  profundamente comprometido com a sustentabilidade ambiental, utilizando exclusivamente materiais provenientes de sobras de serrações que operam legalmente em Moçambique, e, também, madeira de árvores que tombaram naturalmente devido à idade ou a fenómenos climáticos, como ciclones. Essa prática não só minimiza o impacto ambiental, mas também reflecte o respeito do artista pela Natureza, filosofia que incorpora em cada obra. para além disso, Rajabo tem incentivado outros artesãos locais a adoptarem métodos sustentáveis, ajudando a promover uma conscialização ecológica na comunidade artística de Moçambique.

Entre as suas criações mais notáveis estão peças com um cariz religioso e cultural, que capturam a espiritualidade e o quotidiano do povo moçambicano. Esculturas como "Nossa Senhora c/ Menino" e "Sagrada Famíla", entre outras, são celebradas não apenas pela sua maestria técnica, mas também pelo simbolismo profundo que emanam. Rajabo é amplamente respeitado tanto dentro como fora de Moçambique, com algumas das suas obras integtrando colecções particulares de relevo.

A obra de Alfredo Começar Rajabo constitui uma ponte entre a tradição e a modernidade, estando ancorada na rica herança cultural moçambicana e no desiderato de preservar os recursos naturais para as gerações futuras. Rajabo é muito mais do que um escultor: é um contador de histórias que utiliza a madeira como meio para expressar a ligação intrínseca entre a humanidade e o ambiente, deixando um legado de beleza e consciência ecológica, que tanto inspira os artistas, como admiradores da sua obra.