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Mosaicos by Miguel
Mosaicos by Miguel
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Mosaicos by Miguel
Mosaicos by Miguel

Mosaicos by Miguel

SKU: BT-MG-MS-MTCMPRMXV

O tema "Mosaicos", a que os artistas recorrem para criar obras-primas em batik, é como um mosaico da vida real, que oferece uma visão abrangente e multifacetada da vida quotidiana dos moçambicanos. Cada quadrado no batique representa uma cena ou situação da vida real, compondo uma imagem vibrante e dinâmica que reflecte a complexidade e a riqueza da experiência humana em Moçambique.

Miguel pinta o tema "Mosaicos" em batiks de diversos tamanhos e cores.

"Mosaicos" é muito mais do que uma simples colecção de imagens em batik, sendo, outrossim, a representação vibrante e emotiva da vida, tal como sentida e interpretada pelos mais excelsos artistas moçambicanos. Através deste tema, os artistas exploram as diferentes cenas que compõem a experiência humana, dos momentos mais íntimos às realidades sociais e culturais que definem a identidade moçambicana.

Com o seu traço singular e inconfundível, os artistas transformam o batik numa narrativa visual que une cenas do quotidiano, memórias e tradições, compondo uma tapeçaria rica em detalhes e significado. Cada batik subordinado ao tema "Mosaicos" é um emaranhado de experiências, cores e formas que se entrelaçam, reflectindo a diversidade da vida e da realidade em Moçambique.

Em cada mosaico, os artistas capturam as vivências de homens e mulheres, de crianças a brincar sob o sol ardente, de pescadores artesanais que, nas margens do Índico, sustentam as suas famílias, de animais na Natureza, e de vendedoras de mercado cujos rostos são marcados pela força e determinação. As cenas quotidianas ganham uma beleza quase mística nas mãos criadoras dos artistas, que utilizam cores vibrantes, contrastes profundos e detalhes intrincados para dar vida a esses momentos aparentemente simples, mas plenos de significados.

O que torna o tema "Mosaicos" tão especial é a forma como os artistas dividem a tela em múltiplos quadrantes, cada um representando uma particularidade da vida social moçambicana. Em vez de contarem uma história linear, os artistas convidam o espectador a perder-se em cada mosaico, para então, reunir mentalmente esses fragmentos resultando numa visão mais ampla da vida, da sociedade e da Natureza em Moçambique. Os contrastes de cor, com fundos neutros que realçam as figuras centrais, e os ornamentos tradicionais, acrescentam profundidade a esta obra multifacetada.

Os artistas manipulam os tecidos como se fossem o próprio corpo de Moçambique. As texturas são palpáveis, como se o batik carregasse consigo o peso das histórias de gerações, a resiliência das suas gentes e a crua beleza da Natureza. Ao observar as suas obras, há uma sensação de proximidade e familiaridade, como se tais mosaicos fossem fragmentos da alma colectiva do país.

Mais do que uma mera exibição estética, "Mosaicos" toca em questões profundas: a herança cultural, a resistência das tradições face à modernidade e a força do espírito humano.

Com a sua visão artística única e profunda ligação às raízes moçambicanas, os artistas revelam a complexidade da vida de uma forma que apenas um mestre do batik poderia fazer. E, ao fazê-lo, oferecem ao mundo uma janela para as paisagens emocionais e culturais de Moçambique, fragmentadas em pequenos mosaicos plenos de significado e perene beleza.

A tabela abaixo informa os diversos Tamanhos, Formatos e Medidas com que, tradicionalmente, os artistas executam os batiques, sendo que as medidas apresentadas são aproximadas e meramente indicativas, dado tratar-se de obras com carácter artesanal.


Tamanho

Formato Horizontal

(A) Altura - até:

Formato Horizontal

(L) Largura - até:

Formato Vertical

(A) Altura - até:

Formato Vertical

(L) Largura - até:

MAXI 90 cm 120 cm 120 cm 90 cm
GRANDE 75 cm 100 cm 100 cm 75 cm
MÉDIO 50 cm 75 cm 75 cm 50 cm
QUADRADO 33 cm 40 cm 40 cm 33 cm
ESTREITO n/a n/a 60 cm 20 cm

         NOTAS:

         1- n/a - não aplicável (o tamanho "Estreito" não é executado pelos artistas no formato horizontal);

         2-  Estas medidas não se aplicam às obras do artista Rungo, para saber mais consultar a página do artista.

SUGESTÃO PARA EMOLDURAR O SEU BATIK

Moldura

Aspecto de batik colocado em parede branca

 

Notas de montagem:

O batik deve ser montado entre vidros, devendo o vidro de trás ser vidro normal, e o vidro da frente, vidro anti reflexo.

Na imagem acima, o espaço branco em torno do batik representa a zona translúcida (permitindo ver a parede) entre o limite exterior do batik e o limite interior da moldura, devendo a largura dessa zona translúcida ser adequada ao tamanho do batique, conforme se sugere na tabela abaixo.

A moldura pode ser em madeira pintada, alumínio lacado ou outro material, de acordo com o gosto do Cliente, tal como a sua cor e a forma do seu perfil, sugerindo-se, para um melhor resultado, a opção por uma moldura com perfil rectangular numa das cores presentes no batik.

Para optimizar o aspecto final do conjunto, poderá optar-se pela montagem do batik de acordo com o estilo tradicional, em que o perfil da moldura, em madeira não texturada pintada na cor “preto mate”, se apresenta com secção rectangular.

Antes da montagem entre vidros, o batik deve ser passado a ferro sem vapor e com temperatura média-baixa. Para o efeito, há que considerar que, devido ao processo de elaboração, o batik se encontra impregnado com cera de velas, o que protege a cor, pelo que, para o passar a ferro, o mesmo deve ser colocado entre duas folhas de papel vegetal ou papel caqui (ou kraft), não devendo o ferro contactar directamente a tela. O batik, que em caso algum deve ser dobrado para não ficar com marcas de vincos, deve ser enrolado entre duas folhas de papel depois de passado a ferro, e emoldurado o mais brevemente possível.

É importante ter em conta que o batik tem as faces do direito e do avesso, pelo que se deve reparar na assinatura do autor (normalmente junto a um dos cantos inferiores), a qual identifica a face do direito do batik, que, no processo de montagem, deve ser colocada virada para a frente, ou seja, para o observador.

Em qualquer caso, o perfil da moldura deve ser adequadamente dimensionado de modo a suportar o peso do conjunto, sugerindo-se, na tabela abaixo, e a título indicativo, medidas do perfil de acordo com os diversos formatos e dimensões de batik.

Tamanhos dos batiks

Medidas aproximadas dos batiks

(em cm)

Largura do perfil da moldura

(em mm)

Espessura do perfil da moldura

(em mm)

Medida entre o batik e a moldura

(em mm)

   MAXI     80 x 120 (ou 90 x 120) 40 45 60
   GRANDE     75 x 100 40 45 60
   MÉDIO     50 x 75 40 20 50
   QUADRADO     20 x 60 20 16 30
   ESTREITO     33 x 40 20 16 30

Notas importantes:

1- Cada batik é uma obra de arte única e irrepetível, pintada com tinta hidro-dispersível pelo que não pode, em caso algum, ser lavado (à mão ou na máquina), molhado, ou limpo a seco, sob pena de danos irreversíveis e irreparáveis. Para manter o óptimo aspecto do seu batik, deve evitar-se a sua exposição à luz directa do sol.

2- Todos os batiks são vendidos pelo preço indicado, sem moldura.

3- Caso pretenda o seu batik emoldurado, contacte o nosso serviço de Apoio ao Cliente, podendo fazê-lo através do número 922 215 699 (chamada para a rede móvel nacional, ou por email para info@mozart.pt (este serviço é executado sob consulta e pré pagamento, estando disponível apenas em Portugal).

VET

 

O Artista

Silvestre Maguana, conhecido pelo nome artístico "VET" é um dos mais geniais artistas moçambicanos, um grande entre os grandes, cuja arte em batik reflecte uma profunda conexão com a cultura, tradições e crenças de Moçambique. Utilizando técnicas ancestrais e uma sensibilidade artística singular, Vet consegue captar a essência do seu povo e do seu país através das suas obras.

O batik é uma pintura em que é utilizada a técnica com o mesmo nome, que consiste na pintura em tecido com tintas hidro dispersíveis com a utilização de cera, para isolar as pares já pintadas, de modo a criar padrões e imagens intricadas. Originária da Indonésia, esta técnica milenar foi incorporada por várias culturas africanas, incluindo a moçambicana. Vet domina esta técnica com maestria, aplicando camadas de cera e tintas em sucessão para produzir obras-primas ricas em cor e textura. As suas criações são conhecidas pela complexidade dos detalhes e pela profundidade das histórias que contam.

Moçambique é um país de imensa diversidade cultural, composto por várias tribos ou etnias, cada uma com suas próprias tradições e práticas culturais. A arte de Vet reflecte esta riqueza, incorporando elementos de diferentes grupos étnicos e as suas histórias. Vet utiliza o batik para celebrar a diversidade cultural do seu país, destacando aspectos da vida quotidiana, cerimónias tradicionais e símbolos culturais. As tradições moçambicanas são uma fonte inesgotável de inspiração para Vet, que capta a sua energia e espiritualidade através das suas obras, trazendo à vida a importância cultural e social de práticas ancestrais.

As crenças espirituais desempenham um papel crucial na vida dos moçambicanos. A ancestralidade, os espíritos da natureza e as forças sobrenaturais, que confluem em Xikwembo (o Grande Espírito ou Deus) são elementos que influenciam e modulam a obra de Vet, que utiliza símbolos e imagens que reflectem singelas crenças, criando uma conexão entre os mundos material e espiritual. As máscaras, por exemplo, são um tema frequente nos seus trabalhos, representando não apenas a identidade cultural, mas também a ligação aos espíritos ancestrais.

As máscaras são elementos centrais nas obras de Vet, carregando significados profundos e multifacetados. As imagens de máscaras são utilizadas em várias culturas moçambicanas para cerimónias rituais, danças e celebrações. Vet captura a essência dessas máscaras, explorando temas como masculinidade, feminilidade e família, máscaras essas que são obras-primas de detalhes e simbolismo, reflectindo a riqueza cultural e espiritual do seu povo.

Para além dos rituais e das crenças que convergem no tema das máscaras, Vet dedica grande parte de sua obra a aspectos relacionados com a realidade de Moçambique, abordando temas que retratam o Amor de Mãe, o Amor romântico - Lirandzu, em língua Ronga - animais mágicos, embondeiros encantados, bailarinas plenas de misticismo, entre outros relacionados com as lendas e superstições que povoam o imaginário dos moçambicanos, em representações impregnadas de cor e vitalidade que celebram a simplicidade e a beleza da vida quotidiana 

A originalidade de Vet na pintura de batiks é marcada pela mais apurada técnica de manipulação da cera e tinta para criar padrões complexos e vibrantes. Utilizando uma paleta de cores rica e variada para dar vida às suas imagens, recorre a combinações de formas abstractas e figurativas que resultam em composições visualmente impressionantes, revelando um traço poético que é, ao mesmo tempo, tradicional e inovador, pela combinação de elementos clássicos da narrativa em batik com uma surpreendente abordagem contemporânea.

Vet não é apenas um artista, sendo, outrossim, um guardião da cultura e um contador de histórias. Através da sua obra, Vet mantém vivas as tradições, crenças e práticas culturais de Moçambique, projectando a sua arte como um registo visual da identidade moçambicana, educando e inspirando tanto as gerações actuais, como as futuras.

A obra de Vet tem um impacto significativo tanto no cenário artístico quanto na sociedade moçambicana. As suas actividades enquanto artista levam a arte moçambicana a um público global, contribuindo para aumentar a visibilidade e o reconhecimento da cultura do seu país, utilizando a arte como um instrumento para promover a valorização cultural.

Vet é um artista cujo trabalho transcende a simples criação estética, fazendo a ponte entre o passado e o presente, entre a tradição e a modernidade, e, através das suas obras, ele captura a alma de Moçambique, reflectindo a sua diversidade cultural e as ricas tradições e crenças espirituais. A sua arte é uma celebração da vida, uma homenagem às raízes culturais e um convite à reflexão sobre a identidade e a herança cultural.

Importa ainda frisar que a qualidade estética e a surpreendente inspiração plasmadas nas obras de Vet incluem-no, por direito próprio, no mais excelso e restrito grupo dos artistas moçambicanos mais inovadores e criativos da actualidade, excedendo, largamente, tudo aquilo que, por palavras, se poderia dizer da sua obra que não seja tratar-se de peças com um elevado valor coleccionista, as quais - em nossa opinião - verão largamente incrementado o seu valor venal no futuro.