Máscara de Mulher by Vet
SKU: BT-VT-MM-BRSMPRMXV
Ao abordar o tema "Máscaras", Vet não só presta homenagem ao património cultural do seu país, mas também oferece uma reflexão profunda sobre a identidade, a espiritualidade e as relações humanas. Moçambique é um país com uma herança cultural diversificada e rica, onde as máscaras desempenham um papel significativo em várias tradições e cerimónias, todas plenas de simbolismo e expressão da profunda conexão entre a identidade cultural e a espiritualidade.
O tema "Máscaras" é executado nos formatos horizontal e vertical, nos tamanhos Maxi, Grande e Médio e com fundos branco, azul e amarelo.
"Máscaras" é um dos temas centrais nas obras dos mais reconhecidos artistas moçambicanos, cuja arte em batik explora a rica tapeçaria de tradições e cultura de Moçambique. Ao abordar o tema "Máscaras", os artistas não só prestam homenagem ao património cultural do seu país, mas também oferecem uma reflexão profunda sobre a identidade, a espiritualidade e as relações humanas. Moçambique é um país com uma herança cultural diversificada e rica, onde as máscaras desempenham um papel significativo em várias tradições e cerimónias como rituais de iniciação, celebrações religiosas e festividades culturais, simbolizando diversos aspectos da vida e da cosmologia moçambicana, expressão da profunda conexão entre a identidade cultural e a espiritualidade.
As máscaras, em Moçambique, são frequentemente utilizadas em danças tradicionais, como a Mapiko da tribo Makonde, que é uma dança mascarada usada em cerimónias de iniciação. Essas máscaras não são apenas adornos, sendo, outrossim, símbolos carregados de significado que representam espíritos ancestrais, forças da natureza ou figuras mitológicas, podendo representar o Homem, a Mulher, ou a Família.
No plano simbólico, a "Máscara de Homem" representa a força, a liderança e a responsabilidade. Com o seu traço único e distintivo, cada artista captura a essência da masculinidade tradicional em Moçambique, reflectindo as máscaras o papel dos homens como protectores e líderes no seio das suas comunidades. Os detalhes meticulosos e os padrões complexos incorporam histórias de bravura, desafios superados e a sabedoria acumulada ao longo de gerações.
A "Máscara de Mulher" constitui, simbolicamente, uma celebração da resiliência, beleza e fertilidade, nas quais os artistas utilizam formas suaves e paletas de cores vibrantes de modo a transmitir a essência da feminilidade. As máscaras femininas podem ser adornadas com símbolos de fertilidade, criação e continuidade, reflectindo os papéis das mulheres moçambicanas enquanto guardiãs da vida e da cultura, destacando as suas força silenciosa e coragem perseverante no desempenho das suas múltiplas funções, quer na família, quer na comunidade.
Em termos de simbologia, a "Máscara de Família" alude à unidade e a coesão, integrando elementos das "Máscaras" de homem e de mulher para representar a união e solidariedade familiar. Os artistas recorrem a essa temática para explorar a importância das relações familiares e a interdependência entre seus membros, sendo as máscaras familiares muitas vezes decoradas com símbolos que representam os filhos e as gerações futuras, numa celebração gráfica e multicolor da continuidade da linhagem e a preservação das tradições culturais.
Enquanto tema plasmado em batik, as "Máscaras" são muito mais do que meras representações artísticas; elas são um convite à reflexão sobre a própria identidade e a conexão com as raízes culturais, que levam o espectador a considerar a dualidade da vida, as máscaras que todos usamos no dia a dia e a essência do nosso ser. Através da sua técnica e sensibilidade artística, cada artista transforma as "Máscaras" em poderosos símbolos de reflexão, conexão mental e preservação cultural.
Em resumo, o tema "Máscaras", magistralmente interpretado pelos pintores moçambicanos, constitui uma celebração da cultura, das tradições e da identidade de Moçambique, criando um diálogo entre o passado e o presente, entre o indivíduo e a comunidade, e entre o mundano e o espiritual.
A tabela abaixo informa os diversos Tamanhos, Formatos e Medidas com que, tradicionalmente, os artistas executam os batiques, sendo que as medidas apresentadas são aproximadas e meramente indicativas, dado tratar-se de obras com carácter artesanal.
Tamanho |
Formato Horizontal (A) Altura - até: |
Formato Horizontal (L) Largura - até: |
Formato Vertical (A) Altura - até: |
Formato Vertical (L) Largura - até: |
MAXI | 90 cm | 120 cm | 120 cm | 90 cm |
GRANDE | 75 cm | 100 cm | 100 cm | 75 cm |
MÉDIO | 50 cm | 75 cm | 75 cm | 50 cm |
QUADRADO | 33 cm | 40 cm | 40 cm | 33 cm |
ESTREITO | n/a | n/a | 60 cm | 20 cm |
NOTAS: 1- n/a - não aplicável (o tamanho "Estreito" não é executado pelos artistas no formato horizontal); 2- Estas medidas não se aplicam às obras do artista Rungo, para saber mais consultar a página do artista. |
SUGESTÃO PARA EMOLDURAR O SEU BATIK
Aspecto de batik colocado em parede branca
Notas de montagem:
O batik deve ser montado entre vidros, devendo o vidro de trás ser vidro normal, e o vidro da frente, vidro anti reflexo.
Na imagem acima, o espaço branco em torno do batik representa a zona translúcida (permitindo ver a parede) entre o limite exterior do batik e o limite interior da moldura, devendo a largura dessa zona translúcida ser adequada ao tamanho do batique, conforme se sugere na tabela abaixo.
A moldura pode ser em madeira pintada, alumínio lacado ou outro material, de acordo com o gosto do Cliente, tal como a sua cor e a forma do seu perfil, sugerindo-se, para um melhor resultado, a opção por uma moldura com perfil rectangular numa das cores presentes no batik.
Para optimizar o aspecto final do conjunto, poderá optar-se pela montagem do batik de acordo com o estilo tradicional, em que o perfil da moldura, em madeira não texturada pintada na cor “preto mate”, se apresenta com secção rectangular.
Antes da montagem entre vidros, o batik deve ser passado a ferro sem vapor e com temperatura média-baixa. Para o efeito, há que considerar que, devido ao processo de elaboração, o batik se encontra impregnado com cera de velas, o que protege a cor, pelo que, para o passar a ferro, o mesmo deve ser colocado entre duas folhas de papel vegetal ou papel caqui (ou kraft), não devendo o ferro contactar directamente a tela. O batik, que em caso algum deve ser dobrado para não ficar com marcas de vincos, deve ser enrolado entre duas folhas de papel depois de passado a ferro, e emoldurado o mais brevemente possível.
É importante ter em conta que o batik tem as faces do direito e do avesso, pelo que se deve reparar na assinatura do autor (normalmente junto a um dos cantos inferiores), a qual identifica a face do direito do batik, que, no processo de montagem, deve ser colocada virada para a frente, ou seja, para o observador.
Em qualquer caso, o perfil da moldura deve ser adequadamente dimensionado de modo a suportar o peso do conjunto, sugerindo-se, na tabela abaixo, e a título indicativo, medidas do perfil de acordo com os diversos formatos e dimensões de batik.
Tamanhos dos batiks |
Medidas aproximadas dos batiks (em cm) |
Largura do perfil da moldura (em mm) |
Espessura do perfil da moldura (em mm) |
Medida entre o batik e a moldura (em mm) |
MAXI | 80 x 120 (ou 90 x 120) | 40 | 45 | 60 |
GRANDE | 75 x 100 | 40 | 45 | 60 |
MÉDIO | 50 x 75 | 40 | 20 | 50 |
QUADRADO | 20 x 60 | 20 | 16 | 30 |
ESTREITO | 33 x 40 | 20 | 16 | 30 |
Notas importantes:
1- Cada batik é uma obra de arte única e irrepetível, pintada com tinta hidro-dispersível pelo que não pode, em caso algum, ser lavado (à mão ou na máquina), molhado, ou limpo a seco, sob pena de danos irreversíveis e irreparáveis. Para manter o óptimo aspecto do seu batik, deve evitar-se a sua exposição à luz directa do sol.
2- Todos os batiks são vendidos pelo preço indicado, sem moldura.
3- Caso pretenda o seu batik emoldurado, contacte o nosso serviço de Apoio ao Cliente, podendo fazê-lo através do número 922 215 699 (chamada para a rede móvel nacional, ou por email para info@mozart.pt (este serviço é executado sob consulta e pré pagamento, estando disponível apenas em Portugal).
O Artista
Silvestre Maguana, conhecido pelo nome artístico "VET" é um dos mais geniais artistas moçambicanos, um grande entre os grandes, cuja arte em batik reflecte uma profunda conexão com a cultura, tradições e crenças de Moçambique. Utilizando técnicas ancestrais e uma sensibilidade artística singular, Vet consegue captar a essência do seu povo e do seu país através das suas obras.
O batik é uma pintura em que é utilizada a técnica com o mesmo nome, que consiste na pintura em tecido com tintas hidro dispersíveis com a utilização de cera, para isolar as pares já pintadas, de modo a criar padrões e imagens intricadas. Originária da Indonésia, esta técnica milenar foi incorporada por várias culturas africanas, incluindo a moçambicana. Vet domina esta técnica com maestria, aplicando camadas de cera e tintas em sucessão para produzir obras-primas ricas em cor e textura. As suas criações são conhecidas pela complexidade dos detalhes e pela profundidade das histórias que contam.
Moçambique é um país de imensa diversidade cultural, composto por várias tribos ou etnias, cada uma com suas próprias tradições e práticas culturais. A arte de Vet reflecte esta riqueza, incorporando elementos de diferentes grupos étnicos e as suas histórias. Vet utiliza o batik para celebrar a diversidade cultural do seu país, destacando aspectos da vida quotidiana, cerimónias tradicionais e símbolos culturais. As tradições moçambicanas são uma fonte inesgotável de inspiração para Vet, que capta a sua energia e espiritualidade através das suas obras, trazendo à vida a importância cultural e social de práticas ancestrais.
As crenças espirituais desempenham um papel crucial na vida dos moçambicanos. A ancestralidade, os espíritos da natureza e as forças sobrenaturais, que confluem em Xikwembo (o Grande Espírito ou Deus) são elementos que influenciam e modulam a obra de Vet, que utiliza símbolos e imagens que reflectem singelas crenças, criando uma conexão entre os mundos material e espiritual. As máscaras, por exemplo, são um tema frequente nos seus trabalhos, representando não apenas a identidade cultural, mas também a ligação aos espíritos ancestrais.
As máscaras são elementos centrais nas obras de Vet, carregando significados profundos e multifacetados. As imagens de máscaras são utilizadas em várias culturas moçambicanas para cerimónias rituais, danças e celebrações. Vet captura a essência dessas máscaras, explorando temas como masculinidade, feminilidade e família, máscaras essas que são obras-primas de detalhes e simbolismo, reflectindo a riqueza cultural e espiritual do seu povo.
Para além dos rituais e das crenças que convergem no tema das máscaras, Vet dedica grande parte de sua obra a aspectos relacionados com a realidade de Moçambique, abordando temas que retratam o Amor de Mãe, o Amor romântico - Lirandzu, em língua Ronga - animais mágicos, embondeiros encantados, bailarinas plenas de misticismo, entre outros relacionados com as lendas e superstições que povoam o imaginário dos moçambicanos, em representações impregnadas de cor e vitalidade que celebram a simplicidade e a beleza da vida quotidiana
A originalidade de Vet na pintura de batiks é marcada pela mais apurada técnica de manipulação da cera e tinta para criar padrões complexos e vibrantes. Utilizando uma paleta de cores rica e variada para dar vida às suas imagens, recorre a combinações de formas abstractas e figurativas que resultam em composições visualmente impressionantes, revelando um traço poético que é, ao mesmo tempo, tradicional e inovador, pela combinação de elementos clássicos da narrativa em batik com uma surpreendente abordagem contemporânea.
Vet não é apenas um artista, sendo, outrossim, um guardião da cultura e um contador de histórias. Através da sua obra, Vet mantém vivas as tradições, crenças e práticas culturais de Moçambique, projectando a sua arte como um registo visual da identidade moçambicana, educando e inspirando tanto as gerações actuais, como as futuras.
A obra de Vet tem um impacto significativo tanto no cenário artístico quanto na sociedade moçambicana. As suas actividades enquanto artista levam a arte moçambicana a um público global, contribuindo para aumentar a visibilidade e o reconhecimento da cultura do seu país, utilizando a arte como um instrumento para promover a valorização cultural.
Vet é um artista cujo trabalho transcende a simples criação estética, fazendo a ponte entre o passado e o presente, entre a tradição e a modernidade, e, através das suas obras, ele captura a alma de Moçambique, reflectindo a sua diversidade cultural e as ricas tradições e crenças espirituais. A sua arte é uma celebração da vida, uma homenagem às raízes culturais e um convite à reflexão sobre a identidade e a herança cultural.
Importa ainda frisar que a qualidade estética e a surpreendente inspiração plasmadas nas obras de Vet incluem-no, por direito próprio, no mais excelso e restrito grupo dos artistas moçambicanos mais inovadores e criativos da actualidade, excedendo, largamente, tudo aquilo que, por palavras, se poderia dizer da sua obra que não seja tratar-se de peças com um elevado valor coleccionista, as quais - em nossa opinião - verão largamente incrementado o seu valor venal no futuro.
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