Marrabenta by Rungo
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O tema "Marrabenta" é uma celebração vibrante do estilo musical mais emblemático de Moçambique, a marrabenta, com raízes profundamente entrelaçadas na história e cultura do país, e conhecida pelo ritmo alegre e pelo apelo à dança, evocando a energia e a vivacidade do povo moçambicano. A representação deste tema em batik não só captura a essência musical, mas também reflecte os aspectos culturais e sociais que a música marrabenta incorpora.
Rungo, um dos mais notáveis pintores moçambicanos, pinta o tema "Marrabenta" em batiks de diversos formatos, dimensões e cores, com um extraordinário valor artístico.
O tema "Marrabenta", pintado em batik, é uma celebração vibrante do estilo musical mais emblemático de Moçambique. A marrabenta, com raízes profundamente entrelaçadas na história e cultura do país, é conhecida pelo ritmo alegre e pelo apelo à dança, que evoca a energia e a vivacidade do povo moçambicano. A representação deste tema em batik não só captura a essência musical, mas também reflecte os aspectos culturais e sociais que a música marrabenta incorpora.
A marrabenta surgiu nos anos 30 do século XX, na periferia de Maputo, como uma fusão entre a música tradicional moçambicana e influências estrangeiras, especialmente o rock e o jazz trazidos por marinheiros e trabalhadores migrantes. O nome "marrabenta" deriva do verbo "rebentar", que significa "quebrar" ou "destruir", uma referência ao estilo enérgico e muitas vezes improvisado da dança associada a este estilo musical. Culturalmente, a marrabenta é muito mais do que um género musical, sendo uma expressão da identidade e resistência moçambicanas. Durante a luta pela independência, a marrabenta tornou-se um veículo para a disseminação de mensagens de resistência e unidade, ajudando a consolidar a identidade nacional.
A marrabenta desempenha um papel crucial na vida social de Moçambique. As demonstrações de marrabenta são frequentemente realizadas em celebrações comunitárias, casamentos, festas e eventos culturais. Estas ocasiões reúnem pessoas de todas as idades e origens, promovendo a coesão social e a transmissão de tradições de geração em geração. Os músicos de marrabenta são vistos como cronistas sociais, cujas letras muitas vezes abordam temas do quotidiano, como o amor, a luta pela sobrevivência, a alegria e a dor, assumindo a música um papel de meio de comunicação e expressão coletivas, reflectindo as esperanças, os desafios e as aspirações do povo moçambicano.
Os batiks que retratam o tema "Marrabenta" captam a energia e a vivacidade deste estilo musical através de uma combinação de cores vibrantes, padrões dinâmicos e composições expressivas. A técnica "Batik", com sua aplicação cuidadosa de cera e tingimento, permite criar detalhes preciosos e texturas ricas que dão vida às cenas musicais. Estes batiks frequentemente retratam músicos tocando instrumentos tradicionais e modernos, como violas e tambores. As figuras são desenhadas em poses expressivas, transmitindo movimento e emoção, e os instrumentos são detalhados com precisão, destacando sua importância na criação da sonoridade única da marrabenta.
A dança é uma parte integral da marrabenta, e os batiks capturam dançarinos em movimento, com trajes coloridos e adornos tradicionais. As cenas de dança são cheias de energia, com figuras em poses dinâmicas que sugerem a fluidez e o ritmo da marrabenta. Além disso, os batiks incluem elementos do ambiente moçambicano, como paisagens urbanas e rurais, mercados e vilas, contextualizando a música dentro da vida quotidiana, apresentando cenas que criam uma conexão entre a música e o cenário cultural de Moçambique.
A representação da marrabenta em batik não é apenas esteticamente cativante, mas também carregada de significado cultural. Estes batiks são um meio de preservar e promover a rica herança cultural e musical de Moçambique, ao mesmo tempo que celebram a alegria, vitalidade e resiliência do seu povo.
Tamanho |
Formato Horizontal (A) Altura - até: |
Formato Horizontal (L) Largura - até: |
Formato Vertical (A) Altura - até: |
Formato Vertical (L) Largura - até: |
GRANDE | 50 cm | 100 cm | 100 cm | 50 cm |
MÉDIO | 40 cm | 100 cm | 100 cm | 40 cm |
PEQUENO | 40 cm | 50 cm | 50 cm | 40 cm |
SUGESTÃO PARA EMOLDURAR O SEU BATIK
Aspecto de batik colocado em parede branca
Notas de montagem:
O batik deve ser montado entre vidros, devendo o vidro de trás ser vidro normal, e o vidro da frente, vidro anti reflexo.
Na imagem acima, o espaço branco em torno do batik representa a zona translúcida (permitindo ver a parede) entre o limite exterior do batik e o limite interior da moldura, devendo a largura dessa zona translúcida ser adequada ao tamanho do batique, conforme se sugere na tabela abaixo.
A moldura pode ser em madeira pintada, alumínio lacado ou outro material, de acordo com o gosto do Cliente, tal como a sua cor e a forma do seu perfil, sugerindo-se, para um melhor resultado, a opção por uma moldura com perfil rectangular numa das cores presentes no batik.
Para optimizar o aspecto final do conjunto, poderá optar-se pela montagem do batik de acordo com o estilo tradicional, em que o perfil da moldura, em madeira não texturada pintada na cor “preto mate”, se apresenta com secção rectangular.
Antes da montagem entre vidros, o batik deve ser passado a ferro sem vapor e com temperatura média-baixa. Para o efeito, há que considerar que, devido ao processo de elaboração, o batik se encontra impregnado com cera de velas, o que protege a cor, pelo que, para o passar a ferro, o mesmo deve ser colocado entre duas folhas de papel vegetal ou papel caqui (ou kraft), não devendo o ferro contactar directamente a tela. O batik, que em caso algum deve ser dobrado para não ficar com marcas de vincos, deve ser enrolado entre duas folhas de papel depois de passado a ferro, e emoldurado o mais brevemente possível.
É importante ter em conta que o batik tem as faces do direito e do avesso, pelo que se deve reparar na assinatura do autor (normalmente junto a um dos cantos inferiores), a qual identifica a face do direito do batik, que, no processo de montagem, deve ser colocada virada para a frente, ou seja, para o observador.
Em qualquer caso, o perfil da moldura deve ser adequadamente dimensionado de modo a suportar o peso do conjunto, sugerindo-se, na tabela abaixo, e a título indicativo, medidas do perfil de acordo com os diversos formatos e dimensões de batik.
Tamanhos dos batiks |
Medidas aproximadas dos batiks (em cm) |
Largura do perfil da moldura (em mm) |
Espessura do perfil da moldura (em mm) |
Medida entre o batik e a moldura (em mm) |
MAXI | 80 x 120 (ou 90 x 120) | 40 | 45 | 60 |
GRANDE | 75 x 100 | 40 | 45 | 60 |
MÉDIO | 50 x 75 | 40 | 20 | 50 |
QUADRADO | 20 x 60 | 20 | 16 | 30 |
ESTREITO | 33 x 40 | 20 | 16 | 30 |
Notas importantes:
1- Cada batik é uma obra de arte única e irrepetível, pintada com tinta hidro-dispersível pelo que não pode, em caso algum, ser lavado (à mão ou na máquina), molhado, ou limpo a seco, sob pena de danos irreversíveis e irreparáveis. Para manter o óptimo aspecto do seu batik, deve evitar-se a sua exposição à luz directa do sol.
2- Todos os batiks são vendidos pelo preço indicado, sem moldura.
3- Caso pretenda o seu batik emoldurado, contacte o nosso serviço de Apoio ao Cliente, podendo fazê-lo através do número 922 215 699 (chamada para a rede móvel nacional, ou por email para info@mozart.pt (este serviço é executado sob consulta e pré pagamento, estando disponível apenas em Portugal).
O Artista
A obra de Rungo, um dos mais excelsos Mestres da arte de pintura em batik em Moçambique, destaca-se pela sensibilidade, criatividade e elegância com que o artista impregna cada uma das suas peças, resultando num trabalho de excelência.
Com a graciosidade do seu "traço" (estilo pessoal, na gíria artística), Rungo conseguiu transformar a arte da pintura em batik – técnica de tingimento cujo processo envolve sucessivos isolamentos com cera – numa forma de expressão profunda e significativa que transcende largamente o conceito de mera pintura para alcançar o estatuto de arte contemporânea, de incontornável relevância cultural e estética.
A sensibilidade de Rungo fica evidente no modo como capta e representa as emoções e a essência humana nos seus trabalhos. As suas obras evocam, frequentemente, sentimentos profundos que logram tocar o observador no mais íntimo do seu ser, sensibilidade essa que é amplificada pela escolha de temas que exploram a condição humana, a natureza e a espiritualidade.
A criatividade de Rungo manifesta-se na originalidade das suas composições e na forma como, através do seu traço gracioso, reinterpreta elementos tradicionais emergentes da sua moçambicanidade, conferindo-lhes novos significados. Rungo não se limita a reproduzir as formas e padrões tradicionais mas reinventa-os, criando uma linguagem visual única que é ao mesmo tempo contemporânea e enraizada nas tradições culturais de Moçambique.
A elegância das obras de Rungo é visível na sofisticação estética das suas composições. As linhas são fluidas e graciosas, as cores são escolhidas com cuidado para criar contrastes e harmonias que agradam à vista e à mente, em formulações que denotam um equilíbrio intrínseco que confere às suas obras uma beleza intemporal. Para além da supreendente inspiração, a excelência do trabalho de Rungo assenta na beleza do seu traço, que evidencia total domínio do processo de pintura com técnica batik, controlando com maestria cada etapa, da aplicação da cera à escolha e sobreposição da paleta cromática.
Contudo, a faceta inconformista e temerária deste artista, induziu-o, sem medo nem pudor, a afrontar as tradições mais basilares e enraizadas que contextualizam a arte de pintura batik. Na verdade, qual barco que navega contra a corrente, Rungo definiu, corajosamente, novas, difenciadas e singelas dimensões físicas para as suas obras, sendo o único artista que, divergindo da tradição, enveredou pela aventurosa decoberta de inesperados e inovadores caminhos artísticos para as suas criações, as quais, sem dúvida constituem um novel e surpreendente marco na arte da pintura batik.
A precisão técnica que caracteriza o traço de Rungo permite-lhe a criação de composições complexas e detalhadas, em que cada linha e cada tonalidade contribuem para a impactante harmonia visual da sua obra enquanto constructo gráfico, características que fazem deste Mestre o grande precursor do estilo Afro Naturalista moderno, que, com arrojo, aponta novas vias para o futuro da arte do batik.
Importa ainda realçar que a qualidade estética e a surpreendente inspiração plasmadas nas obras de Rungo incluem-no, por direito próprio, no mais restrito grupo de artistas moçambicanos mais inovadores e criativos da actualidade, excedendo a sua obra, largamente, tudo aquilo que, por palavras, se poderia dizer de um batik que não seja tratar-se de peças com um elevado valor coleccionista, as quais - em nossa opinião - verão largamente incrementado o seu valor venal no futuro.
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