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Lirandzu by Miguel
Lirandzu by Miguel
Lirandzu by Miguel
Lirandzu by Miguel
Lirandzu by Miguel
Lirandzu by Miguel
Lirandzu by Miguel

Lirandzu by Miguel

SKU: BT-MG-LI-BRSMPRMXH

“Lirandzu”, palavra que em língua Ronga significa amor, é um belíssimo tema pintado por Miguel em batik, que revela uma visão romântica das relações humanas, do amor e da intimidade dentro do contexto cultural de Moçambique. Através do tema "Lirandzu", Miguel captura a essência do amor romântico e a sua importância na vida social, bem como o seu significado cultural e simbólico.

O tema "Lirandzu" é executado nos formatos horizontal e vertical, nos tamanhos Maxi, Grande e Médio e com fundos de diversas cores.

Lirandzu, palavra que em língua Ronga significa Amor, deu nome ao tema “Lirandzu"” pintado em batik, que é um dos muitos abordados transversalmente pelos artistas moçambicanos. Falada no Sul de Moçambique, a língua Ronga, com a sua sonoridade encantadora, é um dos idiomas nativos que integra o conjunto das línguas Tsonga, um dos subgrupos do grande grupo das línguas Bantu.

Este tema emerge do impacto emocional vivenciado por Vet no seu contacto com a obra de Gustav Klimt intitulada "O beijo" (título original em alemão: Der Kuss), pintura a óleo com incorporação de folhas de ouro, prata e platina. Esse notável pintor simbolista austríaco criou a aludida obra num período situado entre 1907 e 1908, a chamada "Fase Dourada", tendo a mesma sido exposta em 1908 com o título Liebespaar (Amantes, em alemão). Impressionado com o brilho dourado da obra, que remete para o barroco, Vet reinterpretou o tema, impregnando-o da vivacidade das cores, sem que o resultado final perdesse a vertente emotiva... intitulando-o "Liranzdu", ou "Amor", em língua Ronga.

Rapidamente Vet foi secundado por outros artistas, que, em batik, pintam esse emotivo tema que alude à profundidade das relações humanas, do amor e da intimidade no seio do contexto cultural de Moçambique. Através das suas obras e com o seu traço único e distintivo, cada artista, quando pinta o tema "Lirandzu" em batik, capta e reinterpreta a essência do amor romântico e a sua importância na vida social, bem como o seu significado cultural e simbólico.

Ao desenvolver o tema "Lirandzu" na sua obra, os artistas utilizam o batik como suporte de imagens que retratam casais em momentos de ternura e intimidade, recorrendo a paletas de cores vibrantes e padrões detalhados para dar vida a essas cenas, em que se destacam a beleza e a complexidade das relações amorosas. As figuras são frequentemente mostradas em poses afectuosas, partilhando momentos de alegria, tristeza e conexão emocional que exprimem, em clara linguagem não verbal, o sentimento que as une.

Em Moçambique, como em muitas culturas africanas, as relações amorosas são perspectivadas não apenas como um vínculo pessoal, mas também como uma parte integrante da estrutura social e comunitária. O casamento e os relacionamentos românticos são cercados por rituais, celebrações e tradições, como é o caso do Lobolo – o casamento tradicional – que reforçam os laços entre famílias e comunidades. Ao retratar o romance em "Lirandzu", os artistas exploram essa dimensão social e cultural do amor, revelando o modo como esse sentimento íntimo e profundo é celebrado e valorizado na sociedade moçambicana.

O tema "Lirandzu" incorpora, frequentemente, símbolos tradicionais de amor e união, como corações, flores e padrões entrelaçados. Esses elementos simbolizam a ligação profunda entre os amantes e a promessa de fidelidade e apoio mútuo. Os artistas utilizam nas suas obras uma linguagem simbólica enriquecendo cada batik com camadas adicionais de significado, conectando as representações modernas do amor com símbolos culturais intemporais.

Ao abordar o tema “Lirandzu”, os artistas não só celebram o amor romântico, mas também reforçam a importância das relações humanas na cultura moçambicana. As suas obras servem como um lembrete do papel relevante do amor e da união na vida quotidiana e nas tradições culturais. Através de representações artísticas, os artistas pintores de batiks promovem uma compreensão mais profunda da centralidade e valor do amor enquanto cimento que aglutina as relações amorosas na construção de uma comunidade coesa e resiliente.

As obras que abordam o tema “Lirandzu” convidam os espectadores a reflectir sobre suas próprias experiências e relacionamentos, evocando emoções universais de amor, desejo, esperança e vulnerabilidade. Ao criar uma conexão entre a arte e a vida real, os artistas utilizam a sua técnica para captar momentos íntimos e significativos, permitindo que os seus trabalhos encontrem eco em públicos de diversas origens culturais.

O tema “Lirandzu” é, pois, um contributo dos artistas moçambicanos para a diversificação e enriquecimento da arte moçambicana, oferecendo as suas obras uma nova perspectiva sobre o amor e as relações, destacando a sua relevância cultural e social. Ao combinar técnicas tradicionais de batik com temas contemporâneos, os artistas contribuem para a criação de pontes que ligam o passado ao presente, e a tradição à modernidade.

O tema “Lirandzu”, tratado pelos artistas nos seus batiks, é uma ode rica e multifacetada ao amor romântico e à sua importância cultural e social. Através das suas obras, os artistas celebram a beleza e a complexidade das relações humanas, destacando a sua centralidade na vida quotidiana e nas tradições culturais de Moçambique. A sua arte é uma celebração do amor romântico, e um convite à reflexão sobre a importância das relações sólidas na construção de uma sociedade forte e unida.

A tabela abaixo informa os diversos Tamanhos, Formatos e Medidas com que, tradicionalmente, os artistas executam os batiques, sendo que as medidas apresentadas são aproximadas e meramente indicativas, dado tratar-se de obras com carácter artesanal.


Tamanho

Formato Horizontal

(A) Altura - até:

Formato Horizontal

(L) Largura - até:

Formato Vertical

(A) Altura - até:

Formato Vertical

(L) Largura - até:

MAXI 90 cm 120 cm 120 cm 90 cm
GRANDE 75 cm 100 cm 100 cm 75 cm
MÉDIO 50 cm 75 cm 75 cm 50 cm
QUADRADO 33 cm 40 cm 40 cm 33 cm
ESTREITO n/a n/a 60 cm 20 cm

         NOTAS:

         1- n/a - não aplicável (o tamanho "Estreito" não é executado pelos artistas no formato horizontal);

         2-  Estas medidas não se aplicam às obras do artista Rungo, para saber mais consultar a página do artista.

SUGESTÃO PARA EMOLDURAR O SEU BATIK

Moldura

Aspecto de batik colocado em parede branca

 

Notas de montagem:

O batik deve ser montado entre vidros, devendo o vidro de trás ser vidro normal, e o vidro da frente, vidro anti reflexo.

Na imagem acima, o espaço branco em torno do batik representa a zona translúcida (permitindo ver a parede) entre o limite exterior do batik e o limite interior da moldura, devendo a largura dessa zona translúcida ser adequada ao tamanho do batique, conforme se sugere na tabela abaixo.

A moldura pode ser em madeira pintada, alumínio lacado ou outro material, de acordo com o gosto do Cliente, tal como a sua cor e a forma do seu perfil, sugerindo-se, para um melhor resultado, a opção por uma moldura com perfil rectangular numa das cores presentes no batik.

Para optimizar o aspecto final do conjunto, poderá optar-se pela montagem do batik de acordo com o estilo tradicional, em que o perfil da moldura, em madeira não texturada pintada na cor “preto mate”, se apresenta com secção rectangular.

Antes da montagem entre vidros, o batik deve ser passado a ferro sem vapor e com temperatura média-baixa. Para o efeito, há que considerar que, devido ao processo de elaboração, o batik se encontra impregnado com cera de velas, o que protege a cor, pelo que, para o passar a ferro, o mesmo deve ser colocado entre duas folhas de papel vegetal ou papel caqui (ou kraft), não devendo o ferro contactar directamente a tela. O batik, que em caso algum deve ser dobrado para não ficar com marcas de vincos, deve ser enrolado entre duas folhas de papel depois de passado a ferro, e emoldurado o mais brevemente possível.

É importante ter em conta que o batik tem as faces do direito e do avesso, pelo que se deve reparar na assinatura do autor (normalmente junto a um dos cantos inferiores), a qual identifica a face do direito do batik, que, no processo de montagem, deve ser colocada virada para a frente, ou seja, para o observador.

Em qualquer caso, o perfil da moldura deve ser adequadamente dimensionado de modo a suportar o peso do conjunto, sugerindo-se, na tabela abaixo, e a título indicativo, medidas do perfil de acordo com os diversos formatos e dimensões de batik.

Tamanhos dos batiks

Medidas aproximadas dos batiks

(em cm)

Largura do perfil da moldura

(em mm)

Espessura do perfil da moldura

(em mm)

Medida entre o batik e a moldura

(em mm)

   MAXI     80 x 120 (ou 90 x 120) 40 45 60
   GRANDE     75 x 100 40 45 60
   MÉDIO     50 x 75 40 20 50
   QUADRADO     20 x 60 20 16 30
   ESTREITO     33 x 40 20 16 30

Notas importantes:

1- Cada batik é uma obra de arte única e irrepetível, pintada com tinta hidro-dispersível pelo que não pode, em caso algum, ser lavado (à mão ou na máquina), molhado, ou limpo a seco, sob pena de danos irreversíveis e irreparáveis. Para manter o óptimo aspecto do seu batik, deve evitar-se a sua exposição à luz directa do sol.

2- Todos os batiks são vendidos pelo preço indicado, sem moldura.

3- Caso pretenda o seu batik emoldurado, contacte o nosso serviço de Apoio ao Cliente, podendo fazê-lo através do número 922 215 699 (chamada para a rede móvel nacional, ou por email para info@mozart.pt (este serviço é executado sob consulta e pré pagamento, estando disponível apenas em Portugal).

MIGUE,

O Artista

Miguel Cumaio, um dos maiores artistas moçambicanos, é um pintor de batiks muito criativo e eclético, cuja obra é influenciada por uma variedade de razões culturais, pessoais e sociais. Miguel vivencia um forte compromisso com a preservação das tradições culturais e artísticas de Moçambique, e, através da sua arte, ele expressa e afirma a identidade cultural do seu povo, celebrando as ricas tradições, os mitos, lendas e valores da nação moçambicana.

O traço do Mestre Miguel, essencialmente Afro Naturalista com um certo pendor Naïf, permite-lhe explorar a criatividade de maneiras únicas, experimentando cores vibrantes, padrões complexos e técnicas inovadoras. A sua obra é um testemunho da notável capacidade para traduzir emoções, sentimentos e vivências através de formas visualmente impactantes, em que o batik deixa de ser apenas um meio de expressão pessoal, assumindo-se também como uma forma de comunicação com o seu público, transmitindo mensagens profundas e evocativas, como o fazem as célebres “Máscaras” e "Árvore da Vida", temas profusa e magistralmente tratados por esse artista.

Com a sua paixão pela arte, Miguel não só sustenta a sua família, mas, através do seu espírito empreendedor e colaborativo, também contribui para a economia local, partilhando oportunidades com outros artistas, o que evidencia o empreendedorismo como um relevante aspecto da sua personalidade.

O acervo artístico de Miguel evoca a cultura e arte de Moçambique, abordando com intensidade aspectos sociais e humanos, pelo que os seus trabalhos não são apenas peças estéticas, sendo essencialmente instrumentos de afirmação da consciência social do povo de Moçambique.

O processo de criação artística envolve muitas vezes colaboração, partilha de ideias e experiências, algo que Miguel valoriza profundamente pois trabalha com outros artistas e membros da comunidade, fortalecendo laços de amizade e promovendo um sentido de cooperação.

Para Miguel, o envolvimento com a arte é essencial para o seu bem-estar pessoal, projectando-se na profundidade emocional das suas obras, que nascem da motivação para criar constructos gráficos únicos, de beleza e impacto visual que enriquecem ambientes e a vida dos muitos que as apreciam. As suas peças são aclamadas pela sua estética impressionante e pela maestria com que, de forma poderosa, transmitem emoções a que ninguém fica indiferente.

Em resumo, a obra de Miguel Cumaio é multifacetada, plasmada que é na tela a expressão da sensibilidade pessoal, cultural e social desse grande Mestre, traduzindo o corolário do seu compromisso com a arte, a cultura e a comunidade moçambicanas.