Gala-Gala by Rungo
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A criação, pelos artistas moçambicanos, de batiks subordinados ao tema "Gala-Gala", é inspirada no réptil de pequena dimensão com o mesmo nome, nativo de Moçambique e amplamente conhecido pela sua aparência peculiar, apresentando uma coloração que varia entre tons de castanho, nas fêmeas, e azul vibrante na cabeça e pescoço, nos machos.
Revelando uma criatividade elegante e única entre os seus pares, Rungo pinta o tema "Gala-Gala" em diversos formatos e dimensões, que, por opção artística desse grande Mestre, divergem inequivocamente das medidas tradicionais dos batiks.
O tema "Gala-gala", utilizado pelos artistas moçambicanos na criação dos seus batiks, alude a um réptil de pequena dimensão nativo de Moçambique, amplamente conhecido pela sua aparência peculiar, em que se destacam a cabeça e o pescoço azulados. Este lagarto é um exemplo marcante da rica biodiversidade do país, apresentando características únicas que o tornam facilmente reconhecível e fascinante tanto para observadores leigos como para cientistas.
Com uma coloração que varia entre tons de castanho, nas fêmeas, e o azul vibrante na cabeça e pescoço, nos machos, o gala-gala destaca-se no seu habitat. Esta coloração não serve apenas como uma marca distintiva, mas também desempenha um papel crucial na comunicação e na defesa contra predadores. O gala-gala utiliza as suas cores brilhantes para se camuflar entre a vegetação densa, ao mesmo tempo que, com a sua aparência, pode intimidar potenciais ameaças.
Este réptil é encontrado em várias regiões de Moçambique, particularmente nas savanas e áreas costeiras. O gala-gala é altamente adaptável a diferentes ambientes, preferindo habitats com abundante vegetação onde possa caçar pequenos insetos e outros invertebrados que compõem a sua dieta principal. Activo durante o dia, este lagarto é muito territorial, sendo frequentemente avistado na defesa do seu espaço contra invasores da mesma espécie.
O gala-gala desempenha um papel ecológico importante, ajudando a controlar as populações de insectos e contribuindo para a saúde geral do ecossistema. Além de ser um predador eficaz, o gala-gala também serve como presa para predadores maiores, integrando-se na cadeia alimentar local.
Culturalmente, o gala-gala é significativo para muitas comunidades moçambicanas. Em várias tradições e mitos locais, este réptil é associado a poderes místicos, sendo muitas vezes visto como um símbolo de protecção ou sorte. Estas crenças reflectem a profunda ligação entre as populações locais e a Natureza que as rodeia.
Em termos de conservação, o gala-gala, réptil do género Agama, é protegido pela Convenção sobre o Comércio Internacional das Espécies da Fauna e da Flora Selvagem Ameaçadas de Extinção (CITES). Esta protecção é vital, pois a destruição do habitat natural devido à expansão urbana e agrícola representa uma ameaça significativa para esta espécie. A Convenção CITES regula o comércio internacional de espécies da Fauna ameaçadas, em que se inclui o gala-gala, para garantir que a sua exploração não ameace a sua sobrevivência.
Esforços de conservação e educação ambiental são essenciais para garantir que o gala-gala continue a prosperar no seu ambiente natural. A protecção dos habitats naturais e a consciencialização sobre a importância desta espécie são fundamentais para a sua preservação a longo prazo.
Em resumo, o gala-gala é mais do que apenas um réptil colorido; é um símbolo da rica biodiversidade de Moçambique e desempenha um papel crucial nos ecossistemas locais. Com a sua aparência marcante e importância ecológica e cultural, o gala-gala merece a admiração e a protecção contínua das comunidades e das autoridades de conservação. Somente através de esforços conjuntos, podemos garantir que este fascinante réptil continue a ser uma parte vibrante e integral da paisagem natural moçambicana.
Tamanho |
Formato Horizontal (A) Altura - até: |
Formato Horizontal (L) Largura - até: |
Formato Vertical (A) Altura - até: |
Formato Vertical (L) Largura - até: |
GRANDE | 50 cm | 100 cm | 100 cm | 50 cm |
MÉDIO | 40 cm | 100 cm | 100 cm | 40 cm |
PEQUENO | 40 cm | 50 cm | 50 cm | 40 cm |
SUGESTÃO PARA EMOLDURAR O SEU BATIK
Aspecto de batik colocado em parede branca
Notas de montagem:
O batik deve ser montado entre vidros, devendo o vidro de trás ser vidro normal, e o vidro da frente, vidro anti reflexo.
Na imagem acima, o espaço branco em torno do batik representa a zona translúcida (permitindo ver a parede) entre o limite exterior do batik e o limite interior da moldura, devendo a largura dessa zona translúcida ser adequada ao tamanho do batique, conforme se sugere na tabela abaixo.
A moldura pode ser em madeira pintada, alumínio lacado ou outro material, de acordo com o gosto do Cliente, tal como a sua cor e a forma do seu perfil, sugerindo-se, para um melhor resultado, a opção por uma moldura com perfil rectangular numa das cores presentes no batik.
Para optimizar o aspecto final do conjunto, poderá optar-se pela montagem do batik de acordo com o estilo tradicional, em que o perfil da moldura, em madeira não texturada pintada na cor “preto mate”, se apresenta com secção rectangular.
Antes da montagem entre vidros, o batik deve ser passado a ferro sem vapor e com temperatura média-baixa. Para o efeito, há que considerar que, devido ao processo de elaboração, o batik se encontra impregnado com cera de velas, o que protege a cor, pelo que, para o passar a ferro, o mesmo deve ser colocado entre duas folhas de papel vegetal ou papel caqui (ou kraft), não devendo o ferro contactar directamente a tela. O batik, que em caso algum deve ser dobrado para não ficar com marcas de vincos, deve ser enrolado entre duas folhas de papel depois de passado a ferro, e emoldurado o mais brevemente possível.
É importante ter em conta que o batik tem as faces do direito e do avesso, pelo que se deve reparar na assinatura do autor (normalmente junto a um dos cantos inferiores), a qual identifica a face do direito do batik, que, no processo de montagem, deve ser colocada virada para a frente, ou seja, para o observador.
Em qualquer caso, o perfil da moldura deve ser adequadamente dimensionado de modo a suportar o peso do conjunto, sugerindo-se, na tabela abaixo, e a título indicativo, medidas do perfil de acordo com os diversos formatos e dimensões de batik.
Tamanhos dos batiks |
Medidas aproximadas dos batiks (em cm) |
Largura do perfil da moldura (em mm) |
Espessura do perfil da moldura (em mm) |
Medida entre o batik e a moldura (em mm) |
MAXI | 80 x 120 (ou 90 x 120) | 40 | 45 | 60 |
GRANDE | 75 x 100 | 40 | 45 | 60 |
MÉDIO | 50 x 75 | 40 | 20 | 50 |
QUADRADO | 20 x 60 | 20 | 16 | 30 |
ESTREITO | 33 x 40 | 20 | 16 | 30 |
Notas importantes:
1- Cada batik é uma obra de arte única e irrepetível, pintada com tinta hidro-dispersível pelo que não pode, em caso algum, ser lavado (à mão ou na máquina), molhado, ou limpo a seco, sob pena de danos irreversíveis e irreparáveis. Para manter o óptimo aspecto do seu batik, deve evitar-se a sua exposição à luz directa do sol.
2- Todos os batiks são vendidos pelo preço indicado, sem moldura.
3- Caso pretenda o seu batik emoldurado, contacte o nosso serviço de Apoio ao Cliente, podendo fazê-lo através do número 922 215 699 (chamada para a rede móvel nacional, ou por email para info@mozart.pt (este serviço é executado sob consulta e pré pagamento, estando disponível apenas em Portugal).
O Artista
A obra de Rungo, um dos mais excelsos Mestres da arte de pintura em batik em Moçambique, destaca-se pela sensibilidade, criatividade e elegância com que o artista impregna cada uma das suas peças, resultando num trabalho de excelência.
Com a graciosidade do seu "traço" (estilo pessoal, na gíria artística), Rungo conseguiu transformar a arte da pintura em batik – técnica de tingimento cujo processo envolve sucessivos isolamentos com cera – numa forma de expressão profunda e significativa que transcende largamente o conceito de mera pintura para alcançar o estatuto de arte contemporânea, de incontornável relevância cultural e estética.
A sensibilidade de Rungo fica evidente no modo como capta e representa as emoções e a essência humana nos seus trabalhos. As suas obras evocam, frequentemente, sentimentos profundos que logram tocar o observador no mais íntimo do seu ser, sensibilidade essa que é amplificada pela escolha de temas que exploram a condição humana, a natureza e a espiritualidade.
A criatividade de Rungo manifesta-se na originalidade das suas composições e na forma como, através do seu traço gracioso, reinterpreta elementos tradicionais emergentes da sua moçambicanidade, conferindo-lhes novos significados. Rungo não se limita a reproduzir as formas e padrões tradicionais mas reinventa-os, criando uma linguagem visual única que é ao mesmo tempo contemporânea e enraizada nas tradições culturais de Moçambique.
A elegância das obras de Rungo é visível na sofisticação estética das suas composições. As linhas são fluidas e graciosas, as cores são escolhidas com cuidado para criar contrastes e harmonias que agradam à vista e à mente, em formulações que denotam um equilíbrio intrínseco que confere às suas obras uma beleza intemporal. Para além da supreendente inspiração, a excelência do trabalho de Rungo assenta na beleza do seu traço, que evidencia total domínio do processo de pintura com técnica batik, controlando com maestria cada etapa, da aplicação da cera à escolha e sobreposição da paleta cromática.
Contudo, a faceta inconformista e temerária deste artista, induziu-o, sem medo nem pudor, a afrontar as tradições mais basilares e enraizadas que contextualizam a arte de pintura batik. Na verdade, qual barco que navega contra a corrente, Rungo definiu, corajosamente, novas, difenciadas e singelas dimensões físicas para as suas obras, sendo o único artista que, divergindo da tradição, enveredou pela aventurosa decoberta de inesperados e inovadores caminhos artísticos para as suas criações, as quais, sem dúvida constituem um novel e surpreendente marco na arte da pintura batik.
A precisão técnica que caracteriza o traço de Rungo permite-lhe a criação de composições complexas e detalhadas, em que cada linha e cada tonalidade contribuem para a impactante harmonia visual da sua obra enquanto constructo gráfico, características que fazem deste Mestre o grande precursor do estilo Afro Naturalista moderno, que, com arrojo, aponta novas vias para o futuro da arte do batik.
Importa ainda realçar que a qualidade estética e a surpreendente inspiração plasmadas nas obras de Rungo incluem-no, por direito próprio, no mais restrito grupo de artistas moçambicanos mais inovadores e criativos da actualidade, excedendo a sua obra, largamente, tudo aquilo que, por palavras, se poderia dizer de um batik que não seja tratar-se de peças com um elevado valor coleccionista, as quais - em nossa opinião - verão largamente incrementado o seu valor venal no futuro.