Apoio ao Cliente: (+351) 271 753 105 (chamada para a rede fixa nacional) | (+351) 922 215 699 (chamada para a rede móvel nacional) | info@mozart.pt
Amor de Mãe by Vet
Amor de Mãe by Vet
Amor de Mãe by Vet
Amor de Mãe by Vet

Amor de Mãe by Vet

SKU: BT-VT-AM-BRSMPRMXH

O amor de mãe é um tema universal, mas assume características únicas em cada cultura. Em Moçambique, este sentimento, profundo, envolvente e protector, projecta-se no tema "Amor de Mãe" com recurso a imagens estilizadas e pungentes de mães com os seus filhos, sendo celebrado e retratado em batique de várias formas, de acordo com o traço de cada autor, de entre os quais se destaca Vet, um dos mais geniais artistas moçambicanos.

O tema "Amor de Mãe" é executado nos formatos horizontal e vertical, nos tamanhos Maxi, Grande e Médio e com fundos branco, azul e amarelo.

O tema "Amor de Mãe" é uma representação profundamente comovente e culturalmente significativa, especialmente quando explorado através da arte do batik em Moçambique. Este tema universal ganha uma nova dimensão nas mãos dos artistas moçambicanos, que utilizam a tradicional técnica batik para capturar e celebrar a essência desse vínculo inquebrantável.

As obras são executadas com recurso a uma técnica de pintura em tecido designada "Batik", que envolve a aplicação de cera e tintas em camadas sucessivas, permitindo a criação de imagens complexas e expressivas. Os padrões intrincados e detalhados assim criados, podem ser utilizados para contar histórias e expressar emoções complexas, sendo esta técnica utilizada pelos artistas moçambicanos de maior relevo no plano da pintura,  que a dominam com maestria para explorar temas culturais e sociais profundos.

No contexto da arte batik, o tema "Amor de Mãe" é frequentemente representado por cenas de cuidado e protecção, em que se destaca a cena da mãe pegando no seu bebé ao colo, aconchegando-o com ternura. Através dessas representações, os artistas destacam a intimidade e a segurança proporcionadas pela figura materna.

Em Moçambique, a maternidade é vista como um pilar fundamental da sociedade, sendo as mães respeitadas e reverenciadas pelo seu papel na criação e sustento das famílias. Ao retratar o "Amor de Mãe" a arte celebra essa centralidade, destacando a importância das mães na transmissão de valores culturais e tradições.A maternidade em Moçambique também está frequentemente ligada a uma conexão espiritual e ancestral. As mães são vistas como guardiãs das tradições e dos conhecimentos ancestrais, passando esses valores para as próximas gerações. Nas obras de batik, essa dimensão espiritual pode ser representada por símbolos e padrões que remetem à ancestralidade e à continuidade cultural.

Os artistas moçambicanos que adoptam a técnica batik recorrem a paletas de cores vibrantes para, através do traço próprio e único de cada um, expressarem as emoções associadas ao tema "Amor de Mãe". As cores quentes, como vermelhos e amarelos, podem simbolizar a paixão e a energia do amor materno, enquanto os azuis e verdes podem representar a calma e a estabilidade que as mães proporcionam. Os padrões intricados, criados pela aplicação meticulosa de cera e tinta, adicionam uma camada de complexidade e profundidade às obras.

A técnica "Batik" permite criar texturas ricas e variações tonais que dão vida às representações do amor materno. A sobreposição de camadas de cera e tinta cria uma sensação de profundidade, permitindo que as cenas capturadas se afigurem quase tridimensionais, qualidade que contribui para a intensidade expressiva das obras, amplificando as emoções retratadas na tela.

O tema "Amor de Mãe", pintado em batik, afigura-se uma exploração rica e multifacetada das relações humanas, profundamente enraizada na cultura moçambicana. Através da técnica "Batik", os artistas conseguem capturar a essência do amor materno, celebrando a sua beleza, sacrifício e importância social. As obras resultantes não são se resumem apenas a visões esteticamente impressionantes, assumindo-se também como poderosos comentários sobre a centralidade das mães na sociedade moçambicana, o seu papel como guardiãs das tradições e o impacto duradouro nas vidas dos seus filhos e na comunidade como um todo. Ao explorar este tema, os artistas de batik não enriquecem apenas a arte moçambicana, mas também oferecem uma janela para a compreensão profunda da maternidade e do seu significado social e cultural.

A tabela abaixo informa os diversos Tamanhos, Formatos e Medidas com que, tradicionalmente, os artistas executam os batiques, sendo que as medidas apresentadas são aproximadas e meramente indicativas, dado tratar-se de obras com carácter artesanal.


Tamanho

Formato Horizontal

(A) Altura - até:

Formato Horizontal

(L) Largura - até:

Formato Vertical

(A) Altura - até:

Formato Vertical

(L) Largura - até:

MAXI 90 cm 120 cm 120 cm 90 cm
GRANDE 75 cm 100 cm 100 cm 75 cm
MÉDIO 50 cm 75 cm 75 cm 50 cm
QUADRADO 33 cm 40 cm 40 cm 33 cm
ESTREITO n/a n/a 60 cm 20 cm

         NOTAS:

         1- n/a - não aplicável (o tamanho "Estreito" não é executado pelos artistas no formato horizontal);

         2-  Estas medidas não se aplicam às obras do artista Rungo, para saber mais consultar a página do artista.

SUGESTÃO PARA EMOLDURAR O SEU BATIK

Moldura

Aspecto de batik colocado em parede branca

 

Notas de montagem:

O batik deve ser montado entre vidros, devendo o vidro de trás ser vidro normal, e o vidro da frente, vidro anti reflexo.

Na imagem acima, o espaço branco em torno do batik representa a zona translúcida (permitindo ver a parede) entre o limite exterior do batik e o limite interior da moldura, devendo a largura dessa zona translúcida ser adequada ao tamanho do batique, conforme se sugere na tabela abaixo.

A moldura pode ser em madeira pintada, alumínio lacado ou outro material, de acordo com o gosto do Cliente, tal como a sua cor e a forma do seu perfil, sugerindo-se, para um melhor resultado, a opção por uma moldura com perfil rectangular numa das cores presentes no batik.

Para optimizar o aspecto final do conjunto, poderá optar-se pela montagem do batik de acordo com o estilo tradicional, em que o perfil da moldura, em madeira não texturada pintada na cor “preto mate”, se apresenta com secção rectangular.

Antes da montagem entre vidros, o batik deve ser passado a ferro sem vapor e com temperatura média-baixa. Para o efeito, há que considerar que, devido ao processo de elaboração, o batik se encontra impregnado com cera de velas, o que protege a cor, pelo que, para o passar a ferro, o mesmo deve ser colocado entre duas folhas de papel vegetal ou papel caqui (ou kraft), não devendo o ferro contactar directamente a tela. O batik, que em caso algum deve ser dobrado para não ficar com marcas de vincos, deve ser enrolado entre duas folhas de papel depois de passado a ferro, e emoldurado o mais brevemente possível.

É importante ter em conta que o batik tem as faces do direito e do avesso, pelo que se deve reparar na assinatura do autor (normalmente junto a um dos cantos inferiores), a qual identifica a face do direito do batik, que, no processo de montagem, deve ser colocada virada para a frente, ou seja, para o observador.

Em qualquer caso, o perfil da moldura deve ser adequadamente dimensionado de modo a suportar o peso do conjunto, sugerindo-se, na tabela abaixo, e a título indicativo, medidas do perfil de acordo com os diversos formatos e dimensões de batik.

Tamanhos dos batiks

Medidas aproximadas dos batiks

(em cm)

Largura do perfil da moldura

(em mm)

Espessura do perfil da moldura

(em mm)

Medida entre o batik e a moldura

(em mm)

   MAXI     80 x 120 (ou 90 x 120) 40 45 60
   GRANDE     75 x 100 40 45 60
   MÉDIO     50 x 75 40 20 50
   QUADRADO     20 x 60 20 16 30
   ESTREITO     33 x 40 20 16 30

Notas importantes:

1- Cada batik é uma obra de arte única e irrepetível, pintada com tinta hidro-dispersível pelo que não pode, em caso algum, ser lavado (à mão ou na máquina), molhado, ou limpo a seco, sob pena de danos irreversíveis e irreparáveis. Para manter o óptimo aspecto do seu batik, deve evitar-se a sua exposição à luz directa do sol.

2- Todos os batiks são vendidos pelo preço indicado, sem moldura.

3- Caso pretenda o seu batik emoldurado, contacte o nosso serviço de Apoio ao Cliente, podendo fazê-lo através do número 922 215 699 (chamada para a rede móvel nacional, ou por email para info@mozart.pt (este serviço é executado sob consulta e pré pagamento, estando disponível apenas em Portugal).

VET

 

O Artista

Silvestre Maguana, conhecido pelo nome artístico "VET" é um dos mais geniais artistas moçambicanos, um grande entre os grandes, cuja arte em batik reflecte uma profunda conexão com a cultura, tradições e crenças de Moçambique. Utilizando técnicas ancestrais e uma sensibilidade artística singular, Vet consegue captar a essência do seu povo e do seu país através das suas obras.

O batik é uma pintura em que é utilizada a técnica com o mesmo nome, que consiste na pintura em tecido com tintas hidro dispersíveis com a utilização de cera, para isolar as pares já pintadas, de modo a criar padrões e imagens intricadas. Originária da Indonésia, esta técnica milenar foi incorporada por várias culturas africanas, incluindo a moçambicana. Vet domina esta técnica com maestria, aplicando camadas de cera e tintas em sucessão para produzir obras-primas ricas em cor e textura. As suas criações são conhecidas pela complexidade dos detalhes e pela profundidade das histórias que contam.

Moçambique é um país de imensa diversidade cultural, composto por várias tribos ou etnias, cada uma com suas próprias tradições e práticas culturais. A arte de Vet reflecte esta riqueza, incorporando elementos de diferentes grupos étnicos e as suas histórias. Vet utiliza o batik para celebrar a diversidade cultural do seu país, destacando aspectos da vida quotidiana, cerimónias tradicionais e símbolos culturais. As tradições moçambicanas são uma fonte inesgotável de inspiração para Vet, que capta a sua energia e espiritualidade através das suas obras, trazendo à vida a importância cultural e social de práticas ancestrais.

As crenças espirituais desempenham um papel crucial na vida dos moçambicanos. A ancestralidade, os espíritos da natureza e as forças sobrenaturais, que confluem em Xikwembo (o Grande Espírito ou Deus) são elementos que influenciam e modulam a obra de Vet, que utiliza símbolos e imagens que reflectem singelas crenças, criando uma conexão entre os mundos material e espiritual. As máscaras, por exemplo, são um tema frequente nos seus trabalhos, representando não apenas a identidade cultural, mas também a ligação aos espíritos ancestrais.

As máscaras são elementos centrais nas obras de Vet, carregando significados profundos e multifacetados. As imagens de máscaras são utilizadas em várias culturas moçambicanas para cerimónias rituais, danças e celebrações. Vet captura a essência dessas máscaras, explorando temas como masculinidade, feminilidade e família, máscaras essas que são obras-primas de detalhes e simbolismo, reflectindo a riqueza cultural e espiritual do seu povo.

Para além dos rituais e das crenças que convergem no tema das máscaras, Vet dedica grande parte de sua obra a aspectos relacionados com a realidade de Moçambique, abordando temas que retratam o Amor de Mãe, o Amor romântico - Lirandzu, em língua Ronga - animais mágicos, embondeiros encantados, bailarinas plenas de misticismo, entre outros relacionados com as lendas e superstições que povoam o imaginário dos moçambicanos, em representações impregnadas de cor e vitalidade que celebram a simplicidade e a beleza da vida quotidiana 

A originalidade de Vet na pintura de batiks é marcada pela mais apurada técnica de manipulação da cera e tinta para criar padrões complexos e vibrantes. Utilizando uma paleta de cores rica e variada para dar vida às suas imagens, recorre a combinações de formas abstractas e figurativas que resultam em composições visualmente impressionantes, revelando um traço poético que é, ao mesmo tempo, tradicional e inovador, pela combinação de elementos clássicos da narrativa em batik com uma surpreendente abordagem contemporânea.

Vet não é apenas um artista, sendo, outrossim, um guardião da cultura e um contador de histórias. Através da sua obra, Vet mantém vivas as tradições, crenças e práticas culturais de Moçambique, projectando a sua arte como um registo visual da identidade moçambicana, educando e inspirando tanto as gerações actuais, como as futuras.

A obra de Vet tem um impacto significativo tanto no cenário artístico quanto na sociedade moçambicana. As suas actividades enquanto artista levam a arte moçambicana a um público global, contribuindo para aumentar a visibilidade e o reconhecimento da cultura do seu país, utilizando a arte como um instrumento para promover a valorização cultural.

Vet é um artista cujo trabalho transcende a simples criação estética, fazendo a ponte entre o passado e o presente, entre a tradição e a modernidade, e, através das suas obras, ele captura a alma de Moçambique, reflectindo a sua diversidade cultural e as ricas tradições e crenças espirituais. A sua arte é uma celebração da vida, uma homenagem às raízes culturais e um convite à reflexão sobre a identidade e a herança cultural.

Importa ainda frisar que a qualidade estética e a surpreendente inspiração plasmadas nas obras de Vet incluem-no, por direito próprio, no mais excelso e restrito grupo dos artistas moçambicanos mais inovadores e criativos da actualidade, excedendo, largamente, tudo aquilo que, por palavras, se poderia dizer da sua obra que não seja tratar-se de peças com um elevado valor coleccionista, as quais - em nossa opinião - verão largamente incrementado o seu valor venal no futuro.